Santinato & Santinato Cafés
  • 03/05/2020

Revisões dos trabalhos de café (espaçamento, podas, adubação e irrigação), Respostas e Recomendações dos últimos 90 anos (1929-2019)

PARTE 6 – Resposta do Cafeeiro à Espaçamento (1929 a 2019)

Dr. Felipe Santinato; Roberto Santinato; José Braz Matiello; Victor Afonso Reis Gonçalves

Acesse: www.santinatocafes.com

Dúvidas: fpsantinato@hotmail.com e 19-982447600 (whatsap)

Resposta do Cafeeiro à Espaçamento:

            O fator espaçamento é de fato um dos principais fatores determinantes da produtividade do cafeeiro. Uma vez mal escolhido os demais fatores não são capazes de elevar sua produtividade ao patamar de uma lavoura com o espaçamento corretamente escolhido. Nos últimos 90 anos uma série de trabalhos foram realizados sobre espaçamento variando entre regiões cultivares épocas e testando várias combinações entre espaçamento entre linhas e plantas.

            Sua complexidade se dá pelo seguinte: A variação entre o espaçamento entre linha e espaçamento entre plantas altera a densidade populacional (estande de plantas) e isso reflete na produtividade e na produção por planta. Porém esses cálculos não são proporcionais pois o mesmo estande de plantas pode ser obtido por combinações diferentes entre espaçamento entre plantas e linhas não havendo portanto a possibilidade de correlacionar estande de plantas com produtividade. Ao alterar cada um desses tipos de espaçamento o cafeeiro tem sua morfologia e fisiologia influenciadas principalmente pela exposição solar externa e interna na lavoura temperatura ambiente umidade do ar e do solo fertilidade do solo entre outros fatores que vão culminar em aumentos ou reduções de produtividade com respostas variadas a depender da região se fria média ou quente declividade além do que as respostas produtivas podem ser diferentes nas safras iniciais intermediárias e finais bem como as respostas dos cafeeiros após as podas ou quando o estande de plantas é modificado.

            Nesta publicação objetivamos organizar os resultados das pesquisas sobre espaçamento obtidos até então segmentando as respostas para cada região tipo de cafeicultura (mecanizada ou semi-mecanizada) e cultivar apontando os resultados e fazendo algumas análises considerações e orientações. O crivo adotado na nossa análise dos resultados para espaçamentos aptos a mecanização e semi mecanizados (adensados) se deu pelo espaçamento entre linhas de 3 m. Existem máquinas e implementos capazes de operar em espaçamentos menores tais como o 25 m porém não são acessíveis para a maior parte dos produtores e não realizam 100% das operações de forma que com 3 m a maior parte do maquinário trafega sem problemas quando a lavoura é jovem.

            Incialmente apresentaremos os resultados de espaçamentos antigos realizados em uma época em que o espaçamento entre plantas era superior a 1 m os espaçamentos entre linhas variáveis de 1 a 4 m e o estande de plantas normalmente não chegava a 2.000 plantas/ha. Ocorria que as produtividades além de baixas (máximo de 20 sacas/ha) sobrecarregavam as plantas no ano de safra alta produzindo grandes quantidades de café por unidade de planta (acima de 066 kg de café/planta) depauperando as lavouras e aumentando a amplitude produtiva com bienalidade acentuada. Nesse período os melhores resultados foram obtidos pelo espaçamento 35 x 17 m com 1.680 plantas/ha produzindo 17 sacas/ha e 061 kg/planta (IAC 1967) (Tabela 1).

            Adiante tais espaçamentos foram confrontados com espaçamentos mais adensados o que elevou a produtividade para 40 sacas/ha no espaçamento de 154 x 1 m (6.493 plantas/ha e 037 kg/planta) na média de 7 safras em Varginha (Camargo et al. 1985) (Tabela 2). Em Londrina as melhores respostas foram obtidas com o 25 x 112 m (3.571 plantas/ha) tanto para Catuaí Mundo Novo e Acaiá produzindo 24 22 e 24 sacas/ha respectivamente com 04; 038 e 041 kg/planta na média de seis safras (Siqueira et al 1985) (Tabela 3).

            As melhorias na produtividade foram atribuídas ao aumento do estande de plantas que passou a ser em torno de 4.000 a 6.000 plantas/ha. Depois disso os pesquisadores passaram a compreender que para aumentar o estande de plantas não era necessário adensar tanto as linhas de plantio o que prejudicava a mecanização podendo-se trabalhar com distâncias de linhas maiores desde que se adensa-se a distância entre plantas. Isso foi feito e os melhores resultados na média de 10 safras foram obtidos com o espaçamento 4 x 05 m (5.000 plantas/ha) (Sousa & Carvalho 1980) (Tabela 4) dai criou-se o conceito de “Renque Mecanizado”.

            A partir daí as pesquisas passaram a testar inúmeras combinações de espaçamentos entre linhas e plantas variando o espaçamento entre plantas entre 025 a 1 m e não mais a distâncias maiores para várias cultivares e regiões cafeeiras distintas com e sem irrigação.

Espaçamentos antigos atualmente não mais utilizados:

Em Pindorama IAC (1929-1963) estudou-se durante 21 safras a resposta do cafeeiro à espaçamentos antigos não mais utilizados.

Tabela 1. Resposta do cafeeiro a espaçamento espaçamentos antigos em Pindorama 21 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 4 625 9 086
4 x 34 735 9 073
4 x 3 833 11 079
4 x 26 961 12 075
4 x 22 1.136 14 074
35 x 35 816 9 066
35 x 29 985 12 073
35 x 25 1.142 13 068
35 x 21 1.360 15 066
35 x 17 1.680 17 061

Fonte: IAC (1967). In Experimentação cafeeira (1929-1963).

Camargo et al. (1985) estudaram em Varginha ao longo de 7 safras espaçamentos entre linhas progressivos sendo alguns deles espaçamentos “arcaicos” e outros com tendência de evolução para o renque mecanizado.

Tabela 2. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas ao longo de 7 safras Varginha.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
154 x 1 6.493 40 037
185 x 1 5.405 35 039
222 x 1 4.500 31 041
266 x 1 3.759 30 047
319 x 1 3.125 26 049
383 x 1 2.610 24 055
46 x 1 2.173 18 049
55 x 1 2.000 16 048
154 x 2 3.246 30 055
185 x 2 2.702 30 067
222 x 2 2.252 27 072
266 x 2 1.879 25 079
319 x 2 1.562 22 084
383 x 2 1350 20 088
46 x 2 1.086 16 088
55 x 2 1.000 13 078

Fonte: Camargo. et al. (1985). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

            Siqueira et al. (1985) estudaram espaçamento entre linhas e plantas antigos (arcaicos) e espaçamentos modernos mais adensados em Londrina ao longo de seis safras para Catuaí Mundo Novo e Acaiá.

Tabela 3. Resposta do cafeeiro a espaçamentos antigos Londrina três cultivares seis safras.

Tratamentos Estande Produtividade
Plantas/ha sacas/ha kg/planta
Catuaí 25 x 056 7.142 19 016
Catuaí  25 x 112 3.571 24 04
Catuaí  25 x 168 2.380 23 057
Catuaí 15 x 224 2.976 23 047
Catuaí 25 x 28 1.428 18 074
Catuaí 25 x 336 1.190 15 074
Catuaí 25 x 392 1.020 13 078
Catuaí 25 x 448 892 13 086
Mundo Novo 25 x 056 7.142 20 017
Mundo Novo 25 x 112 3.571 22 038
Mundo Novo 25 x 168 2.380 22 054
Mundo Novo 15 x 224 2.976 20 039
Mundo Novo 25 x 28 1.428 17 073
Mundo Novo 25 x 336 1.190 15 075
Mundo Novo 25 x 392 1.020 13 076
Mundo Novo 25 x 448 892 10 067
Acaiá 25 x 056 7.142 23 019
Acaiá 25 x 112 3.571 24 041
Acaiá 25 x 168 2.380 20 05
Acaiá 15 x 224 2.976 18 037
Acaiá 25 x 28 1.428 13 053
Acaiá 25 x 336 1.190 11 058
Acaiá 25 x 392 1.020 10 06
Acaiá 25 x 448 892 7 045

Fonte: Siqueira et al. (1985). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Espaçamentos modernos – Transição para Renque mecanizado:

            Carvalho & Souza (1980) testaram espaçamentos modernos (renque mecanizado) contra os tradicionais espaçamentos da época em Lavras Mundo Novo ao longo de 10 safras.

Tabela 4. Resposta do cafeeiro a espaçamento transição dos espaçamentos antigos para o moderno renque mecanizado 10 safas Lavras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 05 5.000 34 04
4 x 1 2.500 29 07
4 x 25 (3 mudas/cova) 1.000 26 156
3 safras após recepa      
4 x 05 5.000 17 02
4 x 1 2.500 11 027
4 x 25 (3 mudas por cova) 1.000 13 08

Fonte: Souza & Carvalho (1980). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

  1. Espaçamento entre linhas:

            A escolha do espaçamento entre linhas leva em consideração principalmente o fator mecanização. É preciso conhecer qual a intensidade de mecanização o cafeicultor deseja implementar em sua lavoura e se a declividade permite a realização dessas operações. Aqui a discussão foi segmentada escolhendo-se o melhor espaçamento entre linhas para uma cafeicultura mecanizada (distância entre linhas igual ou superior a 3 m) e semi-mecanizada (distância entre linhas inferior a 3 m). Ressalta-se que para uma total mecanização ao longo de múltiplas safras com as máquinas e implementos que temos hoje na cafeicultura é necessário espaçamento entre linhas de 35 a 4 m. Os espaçamentos entre linhas de 3 m permitem a mecanização mas não completa e esta fica ainda mais reduzida a medida que a lavoura cresce e preenche os espaços entre as linhas. O espaçamento entre linhas de 4 m permite um maior número de safras totalmente mecanizáveis sem a necessidade de poda que o espaçamento de 35 m. Em regiões quentes e irrigadas como o cafeeiro cresce 44% a mais que em localidade frias e sequeiro logo na 4ª ou 5ª safra o cafeeiro deve ser podado para permitir o transito de maquinário adequado quando plantado no espaçamento de 35 m.

Cerrado:

            Para o espaçamento mecanizado a melhor resposta até a 5ª safra em Uberaba Catuaí irrigado via gotejamento foi obtida com o 4 x 05 m (5.000 plantas/ha) produzindo 53 sacas (064 kg/planta) para o semi mecanizado adotou-se o 1 x 05 m (20.000 plantas/ha) produzindo 118 sacas/ha 035 kg/planta (Santinato R. et al. 2014). Em Araguari Catuaí irrigado via gotejamento na média de quatro safras as melhores respostas também foram obtidas com o 4 x 05 m produzindo 44 sacas/ha (053 kg/planta) para o mecanizado e o 15 x 05 m produzindo 99 sacas/ha (03 kg/planta) para o semi-mecanizado (Santinato R. et al. 2016). Em Patrocínio Catuaí sequeiro ao longo de 8 safras as melhores respostas foram obtidas para o mecanizado com o 3 x 05 m (6.666 plantas/ha) com 34 sacas/ha e para o semi-mecanizado com 15 x 05 m (13.333 plantas/ha) com 40 sacas/ha (Nacif et al. 1995). (Tabelas 5 6 e 7).

            Nos três trabalhos as outras distâncias entre linhas testadas (2; 225 m) não se justificaram para ser recomendadas pois não aumentaram a produtividade e nem vão facilitar a mecanização de forma significativa. As distâncias entre plantas superiores a 05 m (075; 1 e 25 m) reduziram a produtividade e a distância entre plantas de 025 m não promoveu aumentos relevantes.

Recomendação para espaçamento entre linhas no Cerrado: Nos trabalhos de Santinato R. et al. (2014;2016) não se testaram os espaçamentos entre linhas de 3 m. Do contrário no trabalho de Nacif et l. (1995) não testou-se o espaçamento de 4 m. Sendo assim a recomendação para espaçamento no Cerrado fica entre 3 a 4 m para a opção mecanizada e de 1 a 15 m para a opção adensada semi mecanizada.

Tabela 5. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas Cerrado Catuaí irrigado via gotejamento 5 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 1 2.500 31 074
4 x 075 3.333 38 068
4 x 05 5.000 53 064
2 x 1 5.000 58 069
2 x 075 5.000 76 091
2 x 05 6.666 83 075
1 x 1 10.000 99 059
1 x 075 13.333 102 046
1 x 05 20.000 118 035

Fonte: Santinato R. et al. (2014). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 6. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas Cerrado Catuaí irrigado via gotejamento média de quatro safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 025 10.000 40 024
4 x 05 5.000 45 053
4 x 075 3.333 44 081
2 x 025 20.000 52 016
2 x 05 10.000 60 036
2 x 075 6.666 60 054
1 x 025 40.000 86 013
1 x 05 20.000 99 03
1 x 075 13.333 99 044
025 x 025 160.000 52 002
025 x 05 80.000 35 003
025 x 075 53.333 87 01

Fonte: Santinato R. et al. (2016). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 7. Resposta do cafeeiro ao espaçamento Cerrado Catuaí sequeiro média de 8 safras.

Espaçamento linhas/plantas Densidade 1ª safra Média das 8 safras
Produtividade
m Plantas/ha Sacas/há
3 x 15 2222 64 22
3 x 1 3333 71 26
3 x 05 6666 81 34
225 x 25 2967 78 26
225 x 1 4444 87 30
225 x 05 8888 89 35
15 x 15 4444 95 32
15 x 1 6666 122 39
15 x 05 13333 105 40

Fonte: Nacif et al. (1995) – In BOLETIM EPAMIG

Sul de Minas e São Paulo:

            Em São Domingo das Dores Catuaí e Catucaí sequeiro obteve-se que na média 6 safras para as duas cultivares as melhores respostas para a opção mecanizada foram 3 x 05 m (6.666 plantas/ha) produzindo 58 e 60 sacas/ha (052 e 054 kg/planta) respectivamente. Para a opção semi mecanizada foi o 18 x 05 m (11.111 plantas/ha) produzindo 85 e 77 sacas/ha (046 e 042 kg/planta) respectivamente (Matiello et al. 2013). Para a opção mecanizada o espaçamento 36 m não acarretou em benefícios e para a opção semi mecanizada a opção de 24 m também não (Tabela 8).

Em Espírito Santo do Pinhal Mundo Novo sequeiro 10 safras os melhores resultados foram com o espaçamento 2 x 05 m (10.000 plantas/ha) produzindo média de 59 sacas/ha em 10 safras. Não houve a necessidade de adensar mais o espaçamento entre linhas para 15; 1 ou 05 m pois esses reduziram as produtividades bem como o aumento da distância entre linhas (Silva et al. 1999). Na opção mecanizada o espaçamento de 3 m entre linhas foi superior ao 4 m entre linhas (Tabela 9).

Recomendação para espaçamento entre linhas no Sul de Minas e São Paulo: Para as cultivares Catuaí e Catucaípara lavouras aptas a mecanização recomenda-se o espaçamento 3 m entre linhas para a opção adensada semi mecanizada recomenda-se o 18 m entre linhas. No caso para a opção semi-mecanizada não testou-se espaçamentos entre linhas inferiores à 18 m para verificação da viabilidade produtiva. Para as cultivares porte alto Mundo Novo a melhor resposta foi obtida com o espaçamento entre linhas de 2 m.

Tabela 8. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas Catuaí e Catucaí Sul de Minas sequeiro 6 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
Catucaí 18 x 05 11.111 85 046
Catucaí 24 x 05 8.333 73 052
Catucaí 3 x 05 6.666 58 052
Catucaí 36 x 05 5.555 50 054
Catuaí 18 x 05 11.111 77 042
Catuaí 24 x 05 8.333 74 053
Catuaí 3 x 05 6.666 60 054
Catuaí 36 x 05 5.555 52 056

Fonte: Matiello. et al. (2013). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 9. Resposta do cafeeiro a espaçamentos entre linhas Mundo Novo 10 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
05 x 05 40.000 41 006
1 x 05 20.000 56 017
15 x 05 13.333 47 021
2 x 05 10.000 59 035
3 x 05 6.666 49 044
4 x 05 5.000 41 049

Fonte: Silva. et al. (1999). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Montanha:

            Em Martins Soares Catucaí sequeiro ao longo de 8 safras o melhor espaçamento para foi o 15 x 06 m (11.111 plantas/ha) produzindo 74 sacas/ha (039 kg/planta). Como nessas condições devido ao elevado relevo a mecanização é limitada descartou-se a opção de espaçamentos mecanizados. Os espaçamentos entre linhas de 2; 25 e 3 m reduziram a produtividade. O espaçamento entre plantas de 12 m também (Matiello et al. 2012). Também em Martins Soares para Catuaí sequeiro ao longo de 11 safras a maior resposta foi obtida com o espaçamento 1 x 05 m (20.000 plantas/ha) produzindo 78 sacas/ha (023 kg/planta). Os espaçamentos entre linhas maiores (2 e 4 m) e os espaçamento entre plantas maiores (075 e 1 m) reduziram as produtividades (Matiello et al. 2006). Em Martins Soares Catuaí sequeiro 5 safras o melhor espaçamento foi o 1 x 07 m (14.285 planas/ha) produzindo 71 sacas/ha (03 kg/planta). Os espaçamentos entre linhas de 2 e 4 m produziram menos e o espaçamento entre plantas de 1 m ou produziu menos (Barros et al. 2000). Na Colômbia Caturra sequeiro média de 5 safras o melhor espaçamento foi o 1 x 1 m (10.000 plantas/ha) produzindo 99 sacas/ha (06 kg/planta). Os espaçamentos 14 x 14 m e 2 x 2 m reduziram as produtividades (Cenicafé – Citado por Matiello et al. 2015) (Tabelas 10 11 12 e 13).

Recomendação para espaçamento entre linhas na Montanha: Os melhores espaçamentos entre linhas para o cultivo de café na região de Montanha foram 15 x 06 m para Catucaí 1 x 05 m e 1 x 07 m para o Catuaí e 1 x 1 m para o Caturra. No caso do trabalho de Matiello et al. (2012) em Catucaí não testou-se o espaçamento entre linhas de 1 m e nos dois trabalhos de Catuaí (Matiello et al. 2006; Barros et al. 2000) não testou-se o espaçamento entre linhas de 15 m. No caso do trabalho da Colômbia (Cenicafé citado por Matiello et al. 2015) testou-se o espaçamento 14 m porém associado a o espaçamento entre plantas de 14 m o que modifica drasticamente os resultados. Dessa forma para esse tipo de cafeicultura indica-se os espaçamentos entre linha de 1 a 15 m.

Tabela 10. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas na Montanha Catucaí sequeiro 8 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
15 x 06 11.111 74 039
2 x 06 8.333 64 046
25 x 06 6.666 61 055
3 x 06 5.555 49 052
15 x 12 5.555 70 082
2 x 12 4.166 69 099
25 x 12 3.333 56 1
3 x 12 2.777 46 099

Fonte: Matiello et al. (2012). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 11. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas na Montanha Catuaí sequeiro 11 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 1 2.500 34 082
4 x 07 3.571 38 064
4 x 05 5.0000 43 052
2 x 1 5.000 60 072
2 x 07 7.142 53 044
2 x 05 10.000 56 034
1 x 1 10.000 68 04
1 x 07 14.285 72 03
1 x 05 20.000 78 023

Fonte: Matiello. et al. (2006). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 12. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas na Montanha Catuaí sequeiro 5 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
1 x 05 20.000 71 021
1 x 07 14.285 72 03
1 x 1 10.000 65 039
2 x 05 10.000 58 035
2 x 07 7.142 47 039
2 x 1 5.000 38 046
4 x 05 5.000 30 036
4 x 07 3.571 28 047
4 x 1 2.500 20 048

Fonte: Barros et al. (2000). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 13. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas na Montanha Caturra sequeiro 5 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
1 x 1 10.000 99 06
14 x 14 5.100 82 096
2 x 2 2.500 58 14

Fonte: Cenicafé citado por Matiello. et al. (2015). Extraído de Cultura do Café no Brasil Novo Manual de Recomendações.

Conillon:

            Em Aracruz Conillon sequeiro seis safras os melhores resultados foram obtidos com o espaçamento 2 x 1 m (5.000 plantas/ha) produzindo 38 sacas/ha (046 kg/planta). O espaçamento 2 x 05 m apesar de possuir maior estande de plantas (10.000 plantas/ha) produziu menos. Os espaçamentos entre linhas de 25; 3; 35; 4 e 45 m produziram menos (Matiello et al. 1997). Em Marilândia Conillon sequeiro 7 safras o melhor espaçamento foi o 3 x 15 (2.222 plantas/ha) produzindo 43 sacas/ha (116 kg/planta). Na ocasião não haviam sido testados espaçamentos entre linhas menores como no trabalho de Aracruz. Os espaçamentos entre linhas de 4 e 5 m reduziram a produtividade e os espaçamentos entre plantas de 2; 25 e 3 m também (Jabor et al. 1986) (Tabelas 14 e 15).

Recomendação para espaçamento entre linhas no Conillon: Para Conillon observou-se que os menores espaçamentos entre linhas testados 2 e 3 m foram melhores nota-se também que diferentemente do arábica melhores respostas foram obtidas com espaçamentos entre plantas de 1 a 15 m.

Tabela 14. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas Conilon sequeiro seis safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
2 x 05 10.000 34 02
2 x 1 5.000 38 046
2 x 15 3.333 38 068
25 x 05 8.000 35 026
25 x 1 4.000 34 051
25 x 15 2.666 33 074
3 x 05 6.666 30 027
3 x 1 3.333 28 05
3 x 15 2.222 25 067
35 x 05 5.714 31 032
35 x 1 2.857 25 052
35 x 15 1.904 18 057
4 x 05 5.000 23 028
4 x 1 2.500 21 05
4 x 15 1.666 13 047
45 x 05 4.444 18 024
45 x 1 2.222 13 035
45 x 15 1.481 6 024

Fonte: Matiello et al. (1997). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 15. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre linhas para Conillon sequeiro 7 safras.

Tratamentos Estande Produtividade
Plantas/ha sacas/ha Kg/planta
5 x 25 (2 mudas) 800 26 195
5 x 2 (2 mudas) 1.000 29 17
5 x 15 (1 muda) 1.333 31 14
5 x 15 (1 e 2 mudas) 1.333 33 15
4 x 25 (2 mudas) 1.000 28 17
4 x 2 (2 mudas) 1.250 32 153
4 x 15 (1 muda) 1.666 35 126
4 x 15 (1 e 2 mudas) 1.666 37 133
3 x 3 (2 mudas) 1.111 31 167
3 x 2 (2 mudas) 1.666 31 111
3 x 15 (1 muda) 2.222 43 116

Fonte: Jabor et al. (1986). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

  • Espaçamento entre plantas:

Áreas quentes:

            Em Luis Eduardo Magalhães Catuaí irrigado via Pivô LEPA até a 8ª safra o melhor espaçamento foi 375 x 05 m (5.333 plantas/ha) produzindo 55 sacas/ha (062 kg/planta). O aumento do espaçamento entre plantas reduziu a produtividade (Santinato R. et al. 2008). Em Barreiras Catuaí irrigado via Pivô LEPA até a 4ª safra os melhores resultados foram obtidos com o 38 x 03 m (8.771 plantas/ha) produzindo 76 sacas/ha (052 kg/planta). Para este um maior número de safras deve ser estudado para verificar o que ocorre com as plantas espaçadas tão próximas em áreas irrgadas. A medida que elevou-se o espaçamento entre plantas reduziu-se as produtividades (Santinato R. et al. 2009). Em Luis Eduardo Magalhães Catuaí irrigado via Pivô LEPA até a 5ª safra a melhor resposta foi obtida com o espaçamento 4 x 05 m (5.000 plantas/ha) produzindo 54 sacas/h (065 kg/planta). A medida que elevou-se o espaçamento entre plantas reduziu-se a produtividade (Santinato R. et al. (2007). O tratamento 4 x 025 modificado após a 3ª safra para 4 x 05 embora mais produtivo foi testado apenas para conhecimento da técnica sendo uma prática de difícil realização (Tabelas 16 17 e 18).

Recomendações para espaçamento entre plantas em Regiões quentes: Para cafeeiros Catuaí cultivados em Regiões quentes e irrigadas a melhor opção de espaçamento entre plantas é 05 m para os espaçamentos entre linhas de 375; 38 e 4 m. Os espaçamentos entre plantas mais distantes reduziram as produtividades acentuadamente.

Tabela 16. Resposta do cafeeiro a espaçamento espaçamento entre plantas em Região quente irrigada via Pivô LEPA média de 8 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
375 x 05 5.333 55 062
375 x 1 2.666 44 099
375 x 15 1.777 40 135
375 x 2 1.333 31 139

Fonte: Santinato R et al. (2008). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 17. Resposta do cafeeiro a espaçamento espaçamento entre plantas em Região quente irrigado via Pivô LEPA média de 4 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
38 x 03 8.771 76 052
38 x 04 6.578 63 057
38 x 05 5.263 59 067
38 x 06 4.385 62 084
38 x 07 3.759 59 094
38 x 08 3.289 53 097
38 x 09 2.923 51 1
38 x 1 2.631 45 1

Fonte: Santinato R et al. (2009). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 18. Resposta do cafeeiro a espaçamento espaçamento entre plantas em Região quente irrigada via Pivô LEPA média de 5 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 025 modificado após a 1ª safra para 4 x 05 10.000 49 029
4 x 025 modificado após a 3ª safra para 4 x 05 10.000 59 035
4 x 05 5.000 54 065
4 x 075 5.333 49 055
4 x 1 2.500 40 096
4 x 125 2.000 38 114
4 x 15 1.666 35 126
4 x 175 1.428 34 142
4 x 2 1.250 33 158

Fonte: Santinato R et al. (2007). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Cerrado:

            Em Araxá ao longo de 9 safras para Catuaí e Acaiá sequeiro os melhores resultados foram o espaçamento de 4 x 025 m (10.000 plantas/ha) para o Catuaí produzindo 56 sacas/ha (033 kg planta) e para o Acaiá o 4 x 05 m (43 sacas/ha – 052 kg/planta). (Santinato R. et al. 2016). Em Rio Paranaíba Catuaí sequeiro até a quarta safra a maior produtividade foi obtida com o espaçamento 4 x 05 m (5.000 plantas/ha) produzindo 39 sacas/ha (047 kg/planta). O aumento do espaçamento entre plantas reduziu as produtividades (Santinato R. et al. 1998). Em Coromandel IAC 125 RN irrigado via gotejamento até a quarta safra o melhor espaçamento foi o 38 x 05 m (5.260 plantas/ha) produzindo 56 sacas/ha (064 kg/planta). Bastou elevar o espaçamento entre plantas para 06 ou 07 m que houveram reduções nas produtividades (Veronezi et al. 2017) (Tabelas 19 20 e 21).

Recomendações de espaçamento entre plantas para Cerrado: Para a região do Cerrado em cultivares de porte baixo (Catuaí e IAC 125 RN) o melhor espaçamento entre plantas foi de 025 a 05 m e para os cultivares de porte alto (Acaiá) a melhor resposta foi obtida com o espaçamento entre plantas de 05 m em espaçamentos entre linhas que variaram de 38 a 4 m.

Tabela 19. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Cerrado sequeiro média de 9 safras.

Cultivar Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
Catuaí 4 x 025 10.000 56 033
Catuaí 4 x 05 5.000 53 064
Catuaí 4 x 075 3.333 46 083
Catuaí 4 x 1 2.500 41 098
Acaiá 4 x 025 10.000 38 023
Acaiá 4 x 05 5.000 43 052
Acaiá 4 x 075 3.333 35 063
Acaiá 4 x 1 2.500 33 079

Fonte: Santinato R. et al. (2016). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 20. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Cerrado sequeiro média de 4 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
4 x 05 5.000 39 047
4 x 075 3.333 31 056
4 x 1 2.500 33 079
4 x 15 1.666 21 076

Fonte: Santinato R et al. (1998). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 21. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Cerrado irrigado via gotejamento média de 4 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
38 x 05 5.260 56 064
38 x 06 4.385 48 066
38 x 07 3.760 49 078

Fonte: Veronezi et al. (2017). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Montanha:

            Na Costa Rica Caturra sequeiro na média de sete safras o melhor espaçamento ficou entre 2 x 06 m (8.333 plantas/ha) e 2 x 09 m (5.555 plantas/ha) produzindo 84 e 85 sacas/ha (06 e 09 kg/planta) respectivamente superiores ao espaçamento 2 x 12 m (4.200 plantas/ha) (Extraído de Matiello et al. 2015). Na ocasião não testou-se espaçamentos entre plantas menores como o 05 m. Em Martins Soares para Catuaí sequeiro na média de 4 safras o melhor espaçamento foi o 2 x 05 m (10.000 plantas/ha) equiparando-se ao 2 x 075 m e ambos produziram mais que os demais espaçamentos entre plantas (025 e 1 m) (Matiello et al. 2004) (Tabelas 22 e 23).

            Em Bom Jesus do Itabapoama RJ Andrade et al. (2019) estudaram a resposta do cafeeiro Catuaí sequeiro a espaçamento ao longo de 16 safras. A melhor resposta foi obtida com o espaçamento 15 x 1 m (6.666 plantas/ha) produzindo 21 sacas/ha. Em Martins Soares Catuaí seis safras sequeiro a maior produtividade foi obtida com o 13 x 025 m (30.700 plantas/ha) produzindo 104 sacas/ha sendo melhores que o 1 x 05 m (20.000 plantas/ha) e o 2 x 05 m (10.000 plantas/ha) (Matiello et al. 2010). Este foi o único resultado que os cafeeiros na Montanha responderam melhor a espaçamentos entre plantas inferior a 05 e 075 m (Tabelas 24 e 25).

Recomendação para espaçamento entre plantas na Montanha: Para esta condição de cultivo geralmente por estarem espaçados entre linhas de forma mais adensada (1; 13; 15; 2; 25 m) quando comparados com as Regiões quentes e Cerrado aparentemente os cafeeiros na Montanha respondem melhor a espaçamentos entre plantas um pouco maiores que o 05 m recomendando-se portanto 05 a 075 m.

Tabela 22. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Montanha sequeiro média de 7 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
2 x 06 8.333 84 06
2 x 09 5.555 85 09
2 x 12 4.200 77 11

Fonte: Extraído de Matiello et al. (2015) – Cultura do Café no Brasil Novo Manual de Recomendações.

Tabela 23. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Montanha sequeiro média de 4 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
2 x 0125 40.000 33  
2 x 025 20.000 47 0141
2 x 05 10.000 54 032
2 x 075 6.666 54 049
2 x 1 5.000 44 053

Fonte: Matiello. et al. (2004). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 24. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Montanha sequeiro 16 safras.

Cultivar Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
1 x 025 40.000 13 00195
1 x 05 20.000 8 0024
1 x 075 13.333 9 004
1 x 1 10.000 8 0048
15 x 025 26.666 14 0031
15 x 05 13.333 12 005
15 x 075 8.888 15 01
15 x 1 6.666 21 019
2 x 025 20.000 15 0045
2 x 05 10.000 8 0048
2 x 075 6.666 5 0045
2 x 1 5.000 4 0048
25 x 025 16.000 4 0015
25 x 05 8.000 5 0037
25 x 075 5.333 6 007
25 x 1 4.000 2 003

Fonte: Andrade. et al. (2019). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 25. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Montanha sequeiro seis safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
13 x 025 30.700 104 02
1 x 05 20.000 83 025
2 x 05 10.000 61 037

Fonte: Matiello et al. (2010). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Sul de Minas:

            Em Varginha para Bourbon Amarelo Bourbon Vermelho Acaiá Mundo Novo Icatu e Catuaí sequeiro ao longo de sete safras os melhores espaçamentos foram: Bourbon Amarelo: 36 x 025 m (11.111 plantas/ha) produzindo 56 sacas/ha. Bourbon Vermelho: 36 x 1 m (2.780 plantas/ha) produzindo 55 sacas/ha. Acaiá: 36 x 025 m (11.111 plantas/ha) produzindo 63 sacas/ha. Mundo Novo: 36 x 05 (5.555 plantas/ha) produzindo 65 sacas/ha. Icatu: 36 x 05 m (5.555 plantas/ha) produzindo 58 sacas/ha. Catuaí: 36 x 05 m (5.555 plantas/ha) produzindo 79 sacas/ha. Para Catuaí e Mundo Novo ficou evidente a superioridade do 36 x 05 m sendo os espaçamentos entre plantas menores (025 m) e maiores (075 e 1 m) prejudiciais para a produtividade. Para o Icatu Acaiá e Bourbon houveram oscilações de resultados devendo mais pesquisas serem feitas nesse sentido (Japiassú et al. 2009) (Tabela 26).

            De qualquer forma separando as cultivares de porte alto (Bourbon Amarelo Bourbon Vermelho Mundo Novo Acaiá e Icatú) os melhores resultados foram obtidos com o 36 x 05 m da mesma forma para o Catuaí.

Em Varginha para Catuaí Catucaí e Palma 2 sequeiro na média de cinco safras os melhores espaçamentos foram: 18 x 05 m (11.111 plantas/ha) produzindo 71; 76 e 85 sacas/ha (038; 041 e 046 kg/planta) respectivamente. O espaçamento entre plantas de 075 m reduziu a produtividade em todas as cultivares. Na opção mecanizada o melhor espaçamento foi o 36 x 05 m (5.555 plantas/ha) produzindo 52; 58 e 51 sacas/ha. Também nesse espaçamento entre linhas o espaçamento entre plantas de 075 m reduziu as produtividades (Matiello et al. 2013) (Tabela 27).

No Sul de Minas sequeiro 8 safras os melhores resultados foram obtidos com o 12 x 05 m (16.666 plantas/ha) produzindo 52 sacas/há (018 kg/planta) para o Catuaí também 12 x 05 m para o Mundo Novo produzindo 49 sacas/ha (018 kg/planta). Para o Catucaí os resultados não ficaram claros uma vez que o espaçamento 12 x 025 m produziu de forma semelhante ao 12 x 1 m e ambos foram superiores ao espaçamento entre plantas intermediário (12 x 05 m) (Fagundes et al. 2018) (Tabela 28).

Recomendações de espaçamento entre plantas para Sul de Minas: No Sul de Minas para cultivares de porte alto (Bourbon Amarelo Bourbon Vermelho Mundo Novo Acaiá Icatu) e porte baixo (Catuaí e Catucaí) em espaçamentos entre linhas de 12; 18 e 36 m as melhores respostas forma obtidas com o espaçamento entre plantas de 05 m.

Tabela 26. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Sul de Minas sequeiro sete safras

Cultivar Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha
Bourbon A.  36 x 025 11.111 56
Bourbon A. 36 x 05 5.555 45
Bourbon A. 36 x 075 3.700 38
Bourbon A. 36 x 1 2.780 25
Bourbon V.  36 x 025 11.111 40
Bourbon V. 36 x 05 5.555 51
Bourbon V. 36 x 075 3.700 39
Bourbon V. 36 x 1 2.780 55
Acaiá  36 x 025 11.111 63
Acaiá 36 x 05 5.555 51
Acaiá 36 x 075 3.700 61
Acaiá. 36 x 1 2.780 62
Mundo Novo  36 x 025 11.111 58
Mundo Novo 36 x 05 5.555 65
Mundo Novo 36 x 075 3.700 55
Mundo Novo 36 x 1 2.780 53
Icatu 36 x 025 11.111 52
Icatu 36 x 05 5.555 58
Icatu 36 x 075 3.700 58
Icatu 36 x 1 2.780 53
Catuaí  36 x 025 11.111 67
Catuaí 36 x 05 5.555 79
Catuaí 36 x 075 3.700 71
Catuaí 36 x 1 2.780 28

Fonte: Japiassú et al. (2009). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 27. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Sul de Minas sequeiro média de 5 safras.

Cultivar Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
Catuaí 36 x 05 5.555 52 056
Catuaí 36 x 075 3.703 51 082
Catuaí 18 x 05 11.111 71 038
Catuaí 18 x 075 7.407 49 039
Catucaí 36 x 05 5.555 58 063
Catucaí 36 x 075 3.703 39 063
Catucaí 18 x 05 11.111 76 041
Catucaí 18 x 075 7.407 59 047
Palma 2 36 x 05 5.555 51 055
Palma 2 36 x 075 3.703 41 066
Palma 2 18 x 05 11.111 85 046
Palma 2 18 x 075 7.407 63 051

Fonte: Matiello et al. (2013). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 28. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Sul de Minas sequeiro 8 safras.

Cultivar Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
Catuaí 12 x 025 33.333 41 007
Catuaí 12 x 05 16.666 52 018
Catuaí 12 x 1 11.111 46 025
Mundo Novo 12 x 025 33.333 40 007
Mundo Novo 12 x 05 16.666 49 018
Mundo Novo 12 x 1 11.111 48 026
Catucaí 12 x 025 33.333 60 011
Catucaí 12 x 05 16.666 49 018
Catucaí 12 x 1 11.111 61 033

Fonte: Fagundes. et al. (2016). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

São Paulo:

Em Campinas para Icatu e Catucaí sequeiro até a 5ª safra os melhores espaçamentos foram para o Icatu o 2 x 05 m (10.000 plantas/ha) produzindo 67 sacas/ha e para o Catucaí o 1 x 1 m (10.000 plantas/ha) produzindo 73 sacas/ha. Vale ressaltar que na primeira safra chegou-se a produzir 138 sacas/ha no espaçamento 1 x 05 m (20.000 plantas/ha) com o Icatu e 146 sacas/ha no espaçamento 1 x 075 m (13.333 plantas/ha) com o Catucaí que devido a competição por luz tiveram redução na produtividade ao longo do tempo (Santinato R. et al. 1998) (Tabela 29).

Para o Icatu no espaçamento de 1 m entre linhas a melhor opção entre plantas foi 1 m. Nos espaçamentos de 2 e 4 m entre linhas a melhor opção foi 05 m entre plantas. Para o Catucaí no espaçamento entre linhas de 1 m a melhor opção foi 1 m entre plantas. Para os espaçamentos de 2 e 4 m entre linhas a melhor opção foi 05 m entre plantas.

Na região de Franca Catuaí e Mundo Novo sequeiro 4 safras obteve-se o melhor resultado para o Catuaí de 35 x 05 m (5.714 plantas/ha) produzindo 47 sacas/há (049 kg/planta) e para o Mundo Novo o 35 x 075 m (3.809 plantas/ha) produzindo 37 sacas/ha (Jordão Filho et al. 2018) (Tabela 30).

Recomendações de espaçamento entre plantas para São Paulo: Em cafeeiros adensados na linha (1 m entre linhas) tanto para porte baixo (Catucaí) e alto (Acaiá) o melhor espaçamento entre plantas é 1 m. Em espaçamentos entre linha de 2; 35 a 4 m a melhor opção é de 05 m para porte baixo e de 05 a 075 m para porte alto.

Tabela 29. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas São Paulo sequeiro 5 safras.

Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha
Safras
Média das 5
Icatu (05 x 05) 40.000 58 29
Icatu (1 x 05) 20.000 138 41
Icatu (1 x 075) 13.333 107 40
Icatu (1 x 1) 10.000 117 46
Icatu (2 x 05) 10.000 99 67
Icatu (2 x 075) 13.333 68 56
Icatu (2 x 1) 5.000 71 49
Icatu (4 x 05) 5.000 45 40
Icatu (4 x 075) 3.333 31 28
Icatu (4 x 1) 2.500 32 23
Catucaí (05 x 05) 40.000 65 50
Catucaí (1 x 05) 20.000 65 50
Catucaí (1 x 075) 13.333 146 71
Catucaí (1 x 1) 10.000 128 73
Catucaí (2 x 05) 10.000 112 71
Catucaí (2 x 075) 13.333 89 52
Catucaí (2 x 1) 5.000 65 52
Catucaí (4 x 05) 5.000 66 48
Catucaí (4 x 075) 3.333 34 36
Catucaí (4 x 1) 2.500 30 22

Fonte: Santinato R. et al. (1998). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Tabela 30. Resposta do cafeeiro a espaçamento entre plantas Catuaí e Mundo Novo São Paulo sequeiro média de 5 safras.

Cultivar Espaçamento (linha/planta) Densidade Produtividade
m Plantas/ha Sacas/ha kg/planta
Catuaí 35 x 05 5.714 47  
Catuaí 35 x 075 3.809 34  
Catuaí 35 x 1 2.857 30  
Mundo Novo 35 x 05 5.714 31  
Mundo Novo 35 x 075 3.809 35  
Mundo Novo 35 x 1 2.857 26  

Fonte: Jordão Filho et al. (2019). In Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

Resumo dos resultados para todas as regiões e cultivares:

            Os resultados da literatura nos permitiram fazer uma Tabela com indicações dos melhores espaçamentos entre linhas e plantas para cafeeiros de porte alto e baixo em três tipos de cafeicultura (Cerrado e Áreas quentes; Sul de Minas e São Paulo e Montanha e Conillon) agrupados de acordo com as principais características regionais tais como cultivares plantadas nível tecnológico irrigação mecanização declividade e clima.

            Nosso banco de dados permite descartar uma série de espaçamentos testados ao longo do tempo e se concentrar nos da presente Tabela 31. Também indica a necessidade de futuras pesquisas para a melhor aferição de algumas definições (rodapé da Tabela 31). De forma geral pôde-se descartar espaçamentos entre plantas acima de 05 para cultivares de porte baixo exceto na região Montanha e acima de 075 para cultivares de porte alto. Espaçamentos entre linhas intermediários aos “mecanizados” (3 a 4 m) e os “adensados” (1 a 18 m) tais como 2; 225; 25 m também podem ser descartados. Espaçamentos entre plantas inferiores a 05 m devem ser melhor estudados visto os bons resultados de Araxá (9 safras) Bahia (4 safras) e Martins Soares (6 safras).

Tabela 31. Resumo dos resultados para espaçamento entre linhas e plantas estande de plantas para opções mecanizada e adensada em cultivares de porte alto e baixo nas regiçoes de Cerrado e Áreas quentes Sul de Minas e São Paulo Montanha e Conillon.

Opção de cultivo Porte E. Linhas E. Plantas Estande
m Plantas/ha
Cerrado e Áreas quentes
Mecanizado Baixo 3 ou 4* 05 5.000 a 6.666
Adensado Baixo 1 ou 15 05 6.666 a 10.000
Sul de Minas e São Paulo
Mecanizado Baixo 3** 05 6.666
Adensado Baixo 18 05 5.555
Mecanizado Alto 3 05 ou 075 4.444 a 6.666
Adensado Alto 2 05 10.000
Montanha e Conillon
Adensado Arábica 1 a 15 05 a 075 8.888 a 20.000
Adensado Conillon 2 ou 3 1 ou 15 2.222 a 5.000

Fonte: Santinato F. et al. (dados não publicados).

*Há a necessidade de um experimento no Cerrado em cultivar de porte baixo sobre espaçamentos entre linhas de 3 a 4 m. Há também em cultivares de porte alto sobre espaçamentos entre linhas e plantas.

**Há a necessidade de um experimento em São Paulo em cultivar de porte baixo sobre espaçamentos entre linhas de 3 a 4 m.

  • Super adensamentos (mais de 10.000 plantas/ha).

Os super adensamentos foram na década de 1980” e 1990” uma técnica “promessa” para aumentos de produtividade em trabalhos no Brasil e em países da américa central. Os trabalhos apontavam os benefícios como aumento de produtividade melhor aproveitamento da área melhoria em vários parâmetros de fertilidade do solo aumento da ciclagem de nutrientes retenção de água e etc. De fato o adensamento eleva as produtividades porém com certos limites como veremos adiante. Os resultados são muito positivos principalmente nas primeiras safras posteriormente devido a competição por luz as produtividades decaem mas mesmo assim são mais produtivos que os cafeeiros plantados nos espaçamentos aptos a mecanização sendo esta a principal desvantagem dos sistemas de plantio adensado. Uma possibilidade seria a criação de maquinas específicas para o cultivo de café adensado como adubadoras aplicadoras de herbicida pulverizadores e colhedoras capazes de adentrar de preferência a cavaleiro em espaçamentos entre linhas de 2 a 25 m. Com isso as produtividades aumentariam e os custos operacionais diminuiriam. Mas vale ressaltar que os melhores resultados de espaçamentos hiperadensados trabalharam com espaçamentos entre linhas de 1 a 15 m muito difíceis para a mecanização.

Meta análise dos resultados:

            A discussão realizada nessa parte do texto não tem a intenção de gerar recomendações esta foi gerada na Tabela 31 com o resumo dos resultados de pesquisa dos últimos 90 anos para as Regiões quentes Cerrado São Paulo Sul de Minas Montanha e Conillon. A seguir têm-se a meta análise que obtiva analisar de forma geral a relação de espaçamentos entre linhas plantas e densidade populacional com as produtividades de cafeeiros de porte alto e baixo.           

Santinato F. et al. (dados não publicados) selecionou 12 trabalhos de longa duração da presente revisão realizados nas regiões de São Paulo Sul de Minas Cerrado mineiro e baiano e Zona da Mata em lavouras de porte baixo e alto irrigadas e de sequeiro na média de 9 safras (resultados conclusivos) contendo 71 tratamentos que variaram conforme o espaçamento entre linhas e plantas influenciando no estande de plantas.

            Como foi visto através das Tabelas anteriores com os resultados completos o super adensamento produziu mais café que os espaçamentos convencionais. As produtividades acima de 50 sacas/ha foram obtidas com no mínimo 5.000 plantas/ha (Figura 1).

Estande de plantas:

Figura 1. Produtividade em função da densidade populacional de cafeeiros de porte baixo e alto na média de 71 tratamentos.

            As cultivares de porte baixo tiveram produtividades acima de 60 sacas/ha através de espaçamentos que compunham o estande de plantas de 5 mil plantas/ha (Figura 2).

Figura 2. Produtividade em função da densidade populacional de cafeeiros de porte baixo na média de 49 tratamentos.

            Para as cultivares de porte Alto as produtividades acima de 30 sacas/ha foram obtidas somente com população de 5 mil plantas/ha com tendência de estabilização em 6 mil plantas/ha visto que esta densidade não diferiu de 10 mil plantas/ha. Fato este distinto da cultivar porte baixo que respondeu positivamente ao adensamento com produtividades superiores quanto mais adensou-se as plantas. A este se fato se deve a competição por luz que é maior e mais precoce em plantas de porte alto.

Figura 3. Produtividade e produção por planta em função da densidade populacional de cafeeiros de porte alto na média de 21 tratamentos.

            Desmembrando os resultados das cultivares de porte baixo excluindo-se os resultados dos espaçamentos super adensados (mais de 10.000 plantas/ha) notou-se uma maior concentração de resultados altamente produtivos a partir de 5.000 plantas/ha.

Figura 4. Produtividade em função da densidade populacional de cafeeiros de porte baixo com densidade populacional de até 10.000 plantas/ha média de 48 tratamentos.

Espaçamento entre linhas:

As distâncias de 1 a 2 m entre linhas promoveram as maiores produtividades provavelmente devido a sua relação linear com a densidade de plantas. Não houveram grandes diferenças entre as distâncias de 2 a 4 m com resultados bem variados (Figura 5). Sendo assim caso a situação da lavoura permita a mecanização deve-se priorizar o espaçamento de 4 m entre linhas visto que o maior arejamento entrada de luz e espaço postergam a necessidade de podas. Caso não haja a possibilidade de mecanização os espaçamentos entre linhas devem ser de 1 a 2 m.

Figura 5. Produtividade em função da distância entre linhas em cafeeiros de porte baixo média de 48 tratamentos.

            Tratando-se de lavouras adensadas os espaçamentos entre linhas de 1.6 e 2 m produziram mais por estarem intimamente ligados ao adensamento e aumento da densidade populacional. Já para as mecanizadas em nenhum caso os espaçamentos de 3.5 m entre linhas foi superior ao de 4 m entre linhas muito provavelmente pela pequena diferença entre eles que não irá influenciar demasiadamente no adensamento e com a desvantagem da menor entrada de luz que o adensamento de linha condiciona e consequentemente exigência em podas mais precoce (Figura 6).

Figura 6. Produtividade em função da distância entre linhas em cafeeiros de porte alto média de 22 tratamentos.

Espaçamento entre plantas:

Aparentemente a distância entre plantas é o fator mais influenciador na densidade populacional e consequentemente na produtividade que a distância entre linhas visto a coerência entre os resultados e correlações mais precisas. As maiores produtividades foram obtidas com distâncias entre plantas de até 0.75 m com grande concentração de resultados ao redor do espaçamento de 05 m. Espaçamentos maiores reduziram a produtividade acentuadamente (Figura 7).

Figura 7. Produtividade em função da distância entre plantas em cafeeiros de porte baixo média de 48 tratamentos.

            Para as cultivares de porte alto as maiores produtividades foram obtidas nas distâncias de 025 a 1 m acima disto o declínio produtivo foi eminente. Houve uma maior concentração de resultados altamente produtivos próximos a distância de 0.5 m (Figura 7).

Figura 8. Produtividade e em função da distância entre plantas em cafeeiros de porte alto média de 22 tratamentos.

Considerações finais:

  1. Deve-se fazer apenas um adendo sobre o espaçamento entre plantas em regiões muito frias com temperatura média marginais ao cafeeiro (18ºC). Nessas em locais em que ocorre o acúmulo de massa de ar fria o espaçamento entre plantas deve ser um pouco maior (06 a 075 m) para facilitar entrada de luz e evitar que as lavouras fiquem “embatumadas” devido ao excesso de diferenciação de gemas para vegetação e não para frutificação. Nessas situações as lavouras devem ser podadas com maior frequência com despontes laterais pouco drásticos.
  2. Mais pesquisas devem ser feitas investigando os espaçamentos entre plantas menores que 05 m visto que existem resultados muito positivos para eles em alguns dos experimentos compilados além do que hoje em dia com as novas técnicas de plantio e de produção de mudas por tubetes e bandejas a prática pode ser facilitada.
  3. Provavelmente a divergência de alguns resultados entre o espaçamento notadamente em cultivares de porte alto se deve a não ter sido considerado o direcionamento de plantio em que a lavoura foi instalada visto que dependendo deste fator ocorre maior ou menor entrada de luz na lavoura devendo este ser um motivo de novos estudos.
  4. Deve-se passar a estudar os espaçamentos ideais para as novas cultivares de café tais como Arara Acauã IPR e etc. pois além de mais produtivas apresentam conformação da copa e dos ramos diferente do grupo dos Catuaís Catucaís Icatus Mundo Novo Bourbon e Acaías amplamente estudados.

Dr. Felipe Santinato – Pesquisador e Consultor da Santinato Cafés; Pós doutorando IAC Campinas SP.

Engenheiro Agrônomo formado na UNESP Jaboticabal (05/08/2013) Mestre em Produção Vegetal pela UFV Rio Paranaíba (22/07/2014) Doutor em Produção Vegetal pela UNESP Jaboticabal (05/12/2016) trabalhando principalmente com Nutrição de plantas Colheita mecanizada do café e Agricultura de Precisão. Publicou dois livros 39 Artigos Científicos Nacionais e Internacionais 133 Trabalhos publicados na área cinco Capítulos de Livros nove Boletins Técnicos ministrou cerca de 69 palestras e treinamentos para agrônomos consultores e cafeicultores em todo território cafeeiro. Atualmente é aluno de Pós Doutorado no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) aonde realiza pesquisas objetivando aumentar a eficiência na utilização dos nutrientes na cafeicultura entendimento e redução da bienalidade produtiva e sustentabilidade do processo de produção de café. Também lidera um amplo projeto interinstitucional sobre resistência a seca bicho mineiro nematoides e produtividade com novas variedades em áreas irrigadas e de sequeiro em quatro localidades do Cerrado Mineiro e Goiano. Produz café em São Paulo e Minas Gerais presta consultoria em Fazendas e coordena  cinco Campos Experimentais (São João da Boa Vista SP; Patos de Minas MG; Rio Paranaíba MG; Araxá MG e João Pinheiro MG).

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